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AGRONEGÓCIO

De olho no rebanho: começa a atualização obrigatória dos dados agropecuários à Idaron

A declaração de rebanho é mais que uma obrigação — é um passo decisivo para garantir a sustentabilidade, a competitividade e a reputação do agronegócio de Rondônia.

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Começou o prazo para um dos compromissos mais importantes do produtor rural de Rondônia: de 1º a 31 de maio, todos os criadores de animais devem declarar à Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) os dados atualizados dos seus rebanhos e atividades produtivas. A exigência vale para quem cria bovinos, bubalinos, suínos, caprinos, ovinos, aves e equídeos.

Além de obrigatória, a declaração é estratégica: é uma etapa importante para a manutenção do status sanitário de Rondônia como área livre de febre aftosa sem vacinação – um dos mais importantes reconhecimentos internacionais para exportação de carne. “É um esforço coletivo que reforça a credibilidade da produção pecuária do estado”, explicou o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres.

Por que declarar?

A declaração dos rebanhos é parte da política de responsabilidade compartilhada entre os produtores, o governo estadual e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Manter os dados atualizados não apenas fortalece a vigilância sanitária, mas também valoriza o produto final que chega à mesa do consumidor e abre mercados para a carne rondoniense no exterior.

“Com o início do prazo da campanha, o produtor só poderá emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA) se estiver com a declaração em dia”, alerta o presidente da Idaron. A emissão do documento — essencial para transporte e comercialização dos animais — fica condicionada à regularização cadastral.

Como fazer?

A boa notícia é que o processo pode ser feito de maneira simples e rápida, pela internet. Basta acessar o site da Idaron (www.idaron.ro.gov.br) e utilizar a mesma senha já usada para emitir a GTA. Para quem ainda não possui senha, o cadastro também é online e gratuito.

Além dos dados dos animais, o formulário inclui perguntas sobre atividades como piscicultura, apicultura e produção de frutas — tudo com linguagem acessível e campos objetivos.

A declaração de rebanho é mais que uma obrigação — é um passo decisivo para garantir a sustentabilidade, a competitividade e a reputação do agronegócio de Rondônia.
Compromisso com o futuro

O governador de Rondônia, Marcos Rocha, ressalta a importância do engajamento dos produtores em ações de defesa agropecuária. “Esse status sanitário é uma conquista de todos: governo, técnicos e, principalmente, do produtor rural, que sempre respondeu às campanhas com responsabilidade. Agora, mais do que nunca, é hora de mantermos o compromisso com as exigências da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).”

Fonte : Assessoria para a redação Tribuna TOP – Texto: Toni Francis Fotos: Amabile Casarin

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AGRONEGÓCIO

Um ano após enchente, produtora de arroz do RS colhe bem, mas preço desanima

Ester Vargas, de Mostardas, diz que a produção de 31 mil sacas, que possui denominação geográfica (DO), não paga as contas

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No ano passado, Ester Vargas, produtora de arroz em Mostardas (RS), viveu o desespero de perder toda sua produção com as enchentes que atingiram o Estado. Neste ano, seu desespero tem outro nome: os preços baixos do grão não bancam o custo de produção.

“Em 2024, nossa fazenda foi a única da região atingida pela enchente porque fica na beira da lagoa. Agora, colhemos uma safra muito boa, mas o preço da saca a R$ 75 força a gente a repensar a lavoura”, diz Ester, cuja família é tradicional no cultivo de arroz, mas cria também ovelhas, gado de corte e cavalos crioulos na Granja Roça Velha, de 970 hectares.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita desta safra deve chegar a 12,1 milhões de toneladas, um volume 14,8% maior do que o do ciclo anterior, mas o custo de produção subiu e o preço da saca caiu quase 40% em 12 meses.

Ester Vargas, de Mostardas (RS), é uma das produtoras que têm o único selo de Denominação de Origem (DO) concedido para o arroz — Foto: Eliane Silva/Globo Rural

Ester plantou neste ano 150 quadras de arroz, o equivalente a 261 hectares, e diz que nem vendendo toda a produção de 31 mil sacos de 50 kg conseguirá pagar as contas.

A família Vargas integra a Associação dos Produtores de Arroz do Litoral Norte Gaúcho (Aproarroz). Ela é uma das produtoras que têm o único selo de Denominação de Origem (DO) concedido para o arroz pelo Instituto Nacional da Propriedade Privada (Inpi).

Desde 2010, produtores de 12 municípios do litoral gaúcho, numa faixa de 250 km cercada pela Lagoa dos Patos e pelo mar, comercializam o grão certificado e rastreado por meio da Cooperativa Arrozeira Palmares.

Mesmo com o selo da DO, que garante a qualidade e maior percentual de grãos inteiros do arroz produzido na região, o preço de comercialização é o mesmo do arroz sem certificação, diferentemente da maioria dos produtos com indicação de procedência. Uma estimativa do Sebrae aponta que os produtos com origem certificada como o queijo da Canastra ou o café da Mantiqueira alcançam até 300% de valorização no mercado.

Amostras do arroz de Palmares foram apresentadas em evento em Gramado (RS) — Foto: Divulgação

Durante o Connection Terroirs do Brasil, evento realizado em Gramado de 28 a 31 de maio com o setor das IGs (produtos com Indicações Geográficas), Ester e outros integrantes da DO distribuíram no estande da Alameda dos Terroirs, na Rua Coberta, informações e amostras do arroz de Palmares, que também foi usado em pratos especiais na Arena Gastronômica.

*A jornalista viajou a convite do Connection Terroirs do Brasil

Fonte : Por Eliane Silva — Gramado (RS)

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