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AGRONEGÓCIO

Safra de soja em Rondônia aproxima-se dos 80% de área colhida com expectativa positiva para 2025

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colheita soja
Rondônia aproxima-se dos 80% de área de soja colhida, e deve concluir até meados de abril

A colheita da safra 2025 de soja em Rondônia segue em ritmo acelerado, com quase 80% da área plantada colhida, e deve concluir até meados de abril, consolidando a importância do estado na produção nacional do grão.

Com uma área plantada estimada em 687.157,91 mil hectares, Rondônia se destaca no cenário agrícola brasileiro, contribuindo para a expectativa de crescimento da produção nacional que deve atingir 167,94 milhões de toneladas, um aumento de 13,7% em relação à safra anterior.

Mesmo diante dos desafios climáticos provocados pelo fenômeno El Niño, o setor manteve sua expansão. A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) registrou um aumento expressivo no número de propriedades rurais dedicadas à soja no estado, com mais de 3.700 mil áreas cultivadas na safra 2023/2024 para mais de 4.600 mil áreas cultivadas na safra 2024/2025.

COLHEITA

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O aumento da área plantada em 2024 foi de mais de 43 mil hectares, que corresponde à aproximadamente 6,78%

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o crescimento reflete o fortalecimento da cadeia produtiva e os investimentos em tecnologia e infraestrutura no campo. “A soja é um dos pilares do agronegócio rondoniense, impulsionando empregos, investimentos e inovação no campo.

Nosso compromisso é continuar apoiando os produtores, garantindo condições favoráveis para que Rondônia siga crescendo e contribuindo para a balança comercial do Brasil”, ressaltou.

De acordo com o diretor-executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Rondônia (Aprosoja-RO), Victor Paiva, apesar do período chuvoso em algumas regiões, os produtores de soja do estado devem concluir a colheita antes do fim de abril.

“Os dados ainda não estão fechados, são uma estimativa, depende do encerramento das vistorias feitas pela Idaron. Até agora, o aumento foi de 43.637,91 mil hectares e o percentual de aumento de aproximadamente 6,78%, podendo aumentar”, explicou.

MANEJO

Com a cultura em fase final de maturação, o presidente da Idaron, Júlio Cesar Peres, alerta que os produtores devem redobrar os cuidados para evitar perdas causadas por doenças de final de ciclo e insetos sugadores.

“O manejo adequado nesta etapa é essencial para garantir a qualidade dos grãos e preservar a produtividade. Além disso, a Idaron reforça que o plantio de soja comercial (grãos) fora do período permitido está proibido, seguindo as diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária para evitar a disseminação da ferrugem asiática.

Estão autorizadas apenas as modalidades de plantio para exposição em eventos, sementes salvas e experimentos científicos perante prévia permissão da Idaron”, destacou.

O desempenho da safra em Rondônia impulsiona a importância estratégica do estado no agronegócio nacional, contribuindo para o Brasil manter sua posição de maior exportador global de soja. Com ganhos em produtividade e ampliação das áreas cultivadas, a cultura segue como um dos grandes motores da economia rondoniense.

Fonte 
Texto: Andréia Fortini
Fotos: Frank Néry e Dhiony Costa e Silva
Secom – Governo de Rondônia

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AGRONEGÓCIO

Um ano após enchente, produtora de arroz do RS colhe bem, mas preço desanima

Ester Vargas, de Mostardas, diz que a produção de 31 mil sacas, que possui denominação geográfica (DO), não paga as contas

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No ano passado, Ester Vargas, produtora de arroz em Mostardas (RS), viveu o desespero de perder toda sua produção com as enchentes que atingiram o Estado. Neste ano, seu desespero tem outro nome: os preços baixos do grão não bancam o custo de produção.

“Em 2024, nossa fazenda foi a única da região atingida pela enchente porque fica na beira da lagoa. Agora, colhemos uma safra muito boa, mas o preço da saca a R$ 75 força a gente a repensar a lavoura”, diz Ester, cuja família é tradicional no cultivo de arroz, mas cria também ovelhas, gado de corte e cavalos crioulos na Granja Roça Velha, de 970 hectares.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita desta safra deve chegar a 12,1 milhões de toneladas, um volume 14,8% maior do que o do ciclo anterior, mas o custo de produção subiu e o preço da saca caiu quase 40% em 12 meses.

Ester Vargas, de Mostardas (RS), é uma das produtoras que têm o único selo de Denominação de Origem (DO) concedido para o arroz — Foto: Eliane Silva/Globo Rural

Ester plantou neste ano 150 quadras de arroz, o equivalente a 261 hectares, e diz que nem vendendo toda a produção de 31 mil sacos de 50 kg conseguirá pagar as contas.

A família Vargas integra a Associação dos Produtores de Arroz do Litoral Norte Gaúcho (Aproarroz). Ela é uma das produtoras que têm o único selo de Denominação de Origem (DO) concedido para o arroz pelo Instituto Nacional da Propriedade Privada (Inpi).

Desde 2010, produtores de 12 municípios do litoral gaúcho, numa faixa de 250 km cercada pela Lagoa dos Patos e pelo mar, comercializam o grão certificado e rastreado por meio da Cooperativa Arrozeira Palmares.

Mesmo com o selo da DO, que garante a qualidade e maior percentual de grãos inteiros do arroz produzido na região, o preço de comercialização é o mesmo do arroz sem certificação, diferentemente da maioria dos produtos com indicação de procedência. Uma estimativa do Sebrae aponta que os produtos com origem certificada como o queijo da Canastra ou o café da Mantiqueira alcançam até 300% de valorização no mercado.

Amostras do arroz de Palmares foram apresentadas em evento em Gramado (RS) — Foto: Divulgação

Durante o Connection Terroirs do Brasil, evento realizado em Gramado de 28 a 31 de maio com o setor das IGs (produtos com Indicações Geográficas), Ester e outros integrantes da DO distribuíram no estande da Alameda dos Terroirs, na Rua Coberta, informações e amostras do arroz de Palmares, que também foi usado em pratos especiais na Arena Gastronômica.

*A jornalista viajou a convite do Connection Terroirs do Brasil

Fonte : Por Eliane Silva — Gramado (RS)

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